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sábado, 9 de maio de 2009

Califórnia (EUA) quer revisar história a favor dos gays!

As conquistas dos homossexuais, lésbicas e transexuais já fazem parte da história, pelo menos nos livros escolares da Califórnia, pois o Senado deste estado aprovou a proposta.

Assim como o estado ressalta em seus livros as contribuições das mulheres, dos negros, dos latinos ou dos índios nativos, entre outras minorias étnicas, a medida quer estender o mesmo apoio à comunidade gay.

"Quando estudam os movimentos sociais, fala-se da União de Trabalhadores do Campo e de César Chávez, do movimento pela igualdade e Martin Luther King. Por isso não se pode deixar de lado a luta pelos direitos dos homossexuais", afirmou Geoffrey Kors, diretor-executivo do grupo homossexual Equality California, em um comunicado, depois de saber do projeto.

A proposta foi aprovada na quinta-feira pelo Senado californiano.

Contudo, ainda depende da aprovação da Assembléia e do Governador da Califórnia.

Se for aprovada, a medida entrará em vigor em 2012 e os californianos se adiantarão em relação ao restante do país.

"Se a Assembléia aprovou os casamentos homossexuais, isto não é nada", disse à imprensa a senadora estadual Sheila Kuehl, autora da medida e um dos seis membros assumidamente gays do Senado da Califórnia.

O que Kuehl não disse é que a legalização do casamento homossexual foi vetada pelo governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, que terá a última palavra nesta matéria.

Ainda não foi estipulada nenhuma data para a decisão e o escritório do ator que virou político não fez nenhum comentário a respeito.

A primeira tentativa nos Estados Unidos de legislar a favor do reconhecimento das conquistas dos homossexuais ao longo da história através dos livros escolares levantou polêmica.

Segundo Kuehl, o objetivo da proposta é apenas "contar a história de forma correta".

"Todos estudam que James Baldwin era negro, mas poderiam saber que era um escritor negro e homossexual", acrescentou sobre um dos mais respeitados professores de literatura americana.

A medida quer oferecer exemplos positivos de homossexuais, lésbicas ou transexuais na história para evitar o elevado número de suicídios entre os jovens gays.

Segundo os defensores do projeto, os estudantes homossexuais estão mais propensos à tentativa de suicídio do que os heterossexuais.

O grupo Equality California lembra que 64% dos estudantes homossexuais ouviram algum comentário depreciativo contra sua orientação sexual e 36% sofreram algum ataque físico pelas mesmas razões.

No Senado californiano, a medida contou com 22 votos a favor e 15 contra, que inclui todo o bloco republicano.

"Feliz dia das Mães, Califórnia", disse com sarcasmo Randy Thompson, músico que se opõe à medida, lembrando a comemoração do dia das mães ontem nos EUA.

O senador estadual Bill Morrow foi mais longe em sua crítica: "Quem é negro não pode fazer nada, pois nasceu assim. Mas não há nenhuma evidência científica que sugira que a homossexualidade seja de origem biológica".

Os que se opõem à medida alegam que destacar as conquistas dos homossexuais nos livros escolares seria como dar um "doutrinamento sexual forçado" às crianças.

A proposta afirma que as lições devem ser incluídas nos livros de história social dos alunos "com idade apropriada".


Agência EFE S/A.

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