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domingo, 22 de fevereiro de 2009

Carnaval - “O Outro Lado da Festa”!

Sob este título, a revista Veja, de 14 de março de 1984, declarou: “Gays sempre houve no Carnaval, mas o que aconteceu desta vez, no Carnaval carioca, foi uma conquista definitiva do terreno. Ali, a maior festa popular do mundo transformou-se também em algo que talvez já se possa distinguir como a maior celebração gay do planeta. Com o aberto incentivo dos promotores de festas, o Rio de Janeiro ofereceu uma maratona de quase duas dezenas de bailes carnavalescos para homossexuais. Dos Estados Unidos, vieram 230 gays num vôo charter, que os entregou prontos para tudo à porta da festa, no Aeroporto do Galeão. . . . Muitas coisas mudaram nesse território, como se vê, e, entre elas, a própria definição de quem são as estrelas da festa. De fato, os gays não apenas se tornaram francamente aceitos: passaram a ser admirados e, em conseqüência, requisitados.”

Neste mesmo carnaval, o Governo Federal ameaçou tomar ação contra certas estações de televisão que, enquanto transmitiam bailes de carnaval, exibiam em cadeia nacional “cenas de masturbação, nudez frontal e várias formas de relações sexuais”.

Para muitos, o “espírito de carnaval” inclui a idéia de que nesses quatro dias a pessoa tem licença especial para fazer tudo o que gostaria de fazer o resto do ano, mas se refreia de fazê-lo por certa medida de moral ou por restrições sociais. Durante o carnaval “vale tudo”, especialmente quando o álcool flui livremente. Comentando isto, o jornal O Estado de S.Paulo declarou: “Outro grave problema dos dias de carnaval é a embriaguez. Sem dúvida, com a tensão social crescente, com o cansaço e a insatisfação do homem moderno, a bebida é uma fuga ainda barata, principalmente se esse homem tiver quatro dias de folga. No entanto, não se deve esquecer que o álcool não é apenas uma fuga, . . . sob sua influência muitos desatinos e atos tresloucados são cometidos.”

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